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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Qual o modelo de competição que preconizava para Portugal ?


Opinião de António Russo sobre o assunto... a pergunta feita pelo blog Ala de Rei ao próprio António Russo...



«Entendo que o actual modelo competitivo é completamente desajustado a um xadrez de competição e com este figurino impede que as equipas sejam exigentes e levem o xadrez a sério.

Por isso, propus que se criasse uma 1ª categoria, que poderia ser chamada de Grupo A e que integraria os teoricamente melhores 40 clubes nacionais.


No 1º ano integraria todas as equipas da actual 1ª divisão e as melhores classificadas da 2ª até completar o número de 40.


Teríamos portanto definido as equipas que poderiam almejar ser campeãs nacionais.


Inicialmente seriam geográficamente divididas em 4 grupos de 10 equipas que apurariam 3 em cada grupo para finalmente disputar o título num torneio final.

As 2 últimas de cada grupo, “poderiam” vir a ser despromovidas.

Digo poderiam porque nenhuma equipa da categoria B subiria sem provar no tabuleiro que é melhor do que as piores do grupo A. As promoções e despromoções automáticas terminariam!

No Grupo B estariam incluídas todas as equipas que se inscrevessem pela 1ª vez, as que já disputavam o grupo B, e as que tivessem descido do grupo A após disputar o torneio de apuramento.

No grupo B, seriam feitas as séries suficientes de 10 equipas até abarcar todas as inscritas e divididas também aqui não por Distritos ou Concelhos, mas por proximidade geográfica.

Os vencedores e os 2ºs classificados dessas séries do grupo B disputariam com os 8 “piores” do grupo A um torneio de apuramento (suiço a 8 rondas-4 fins de semana no mesmo local e com arbitragem in loco) que definiria quem seriam as 8 equipas a integrar o grupo A da época seguinte.

Ao terminar as subidas e descidas automáticas, procura-se que ano a ano, teoricamente tenhamos mesmo as melhores 40 equipas a disputar o título de campeão nacional.

Para isso, dificilmente uma equipa pode ser campeã nacional contratando apenas GM’s estrangeiros.

No final até o pode fazer, mas tem de ter uma equipa bastante forte para conseguir disputar o torneio final.

Acabam-se as equipas de verão (as dos GM’s) com mais dinheiro.

Até agora acontecia que equipas com menos nível competitivo podiam estar numa divisão supeior graças ao nível competitivo da zona.

Não tenho dúvidas que existiriam equipas muito melhores técnicamente em divisões inferiores, apenas porque tiveram o “azar” de apanhar equipas ainda mais fortes na sua zona.

Lisboa e Porto eram disso exemplos. Outras, em que o nível competitivo era baixo beneficiavam de serem as melhores da zona e subiam e no ano seguinte lá vinham por aí abaixo.

Por outro lado, no Grupo B, todos podem participar. O que se traduz em que qualquer clube que organize uma secção de xadrez, após a inscrição tem um campeonato para poder competir.

Exemplo: Aqui no Águias de Alpiarça falou-se em criar uma secção. No Distrito, por haver um reduzido nº de equipas, a competição finalizaria pela participação no Distrital. Faziam 2 ou 3 jogos (se o fizessem…) e podiam arrumar as peças até à época seguinte. Os custos de um Distrital em Santarém são quase tão elevados como disputar uma série zonal…

Esta situação que descrevo não é irreal. Posso dizer que no meu clube isso aconteceu. Alguns de nós tentamos fazer uma equipa B, disputamos 2 jogos do Distrital e ficámos 10 jogadores uma época parados a aguardar a próxima época.

(Tinhamos equipa com mais de 1900 ELO médio o que seria suficiente para sermos candidatos à subida).

Ora mais praticantes é sinónimo de mais federados e de mais taxas de inscrição de equipas.

Outra das vantagens é clubes com muitos praticantes, por exemplo o Alekhine pode por toda a gente a jogar.

Não há jogadores parados numa época. O grupo B serve para isso! Serve para os que têm ambições em chegar ao grupo A e disputarem o campeonato nacional e para que todos os amadores possam participar.

Equipas de jovens, incluindo escolas podem competir e ganhar experiência.

Ainda há outra componente!

Uma empresa que resolva apostar no xadrez pode ver a sua equipa ser campeã nacional logo no ano seguinte.

Tempo é dinheiro e ninguém investe publicitáriamente para ter o retorno passados 4 ou 5 anos..

Os Distritais terminariam. Não fazem sentido tantos escalões num país com apenas umas dezenas de equipas.

Por seu lado, em Lisboa ou Porto disputar um Distrital é relativamente fácil. Apanham o comboio suburbano ou o metro e estão do outro lado da cidade por 3 ou 4 euros e passados 5 ou 10 minutos.

Na província, jogar um Distrital por exemplo na Guarda, Santarém ou Trás os Montes são centenas de Kms de deslocações com os respectivos custos de tempo e de gastos financeiros.

Lisboa ou Porto, disputar um Distrital, ou uma série do grupo B, parece-me ser quase a mesma coisa.

Coloca-se uma pergunta e que fazem as Associações Distritais?

Isso é outro assunto, que posso desenvolver, mas no meu entender deveriam ser substituídas por “Delegados FPX” com outras competências.»


António Russo (Maio 2010)

Nota: « todos os clubes que desceram administrativamente mercê do regulamento que agora se pretende substituir devem integrar o grupo A a que se juntarão os vencedores deste ano, e depois os seguintes de cada série até completar as 40 equipas (GRUPO A ou 1ª Categoria) »
.

1 comentário:

Arlindo Rodrigues Vieira disse...

Vês caro Russo!?
Tu Não apresentas propostas nenhumas, tu só és Luso Xadrez!

Amanhã, virá a este site de eleição, outro artista circense, talvez o "Croquete", que o "Batatinha" já cá "chapitou", dizer que tu nada fazes e que apresentas ideias a mais, que só confundem o xadrez com as tuas ideias e sugestões. Então aquelas relacionadas com o fim da burocracia e a agilização de processos através da informatização-fora do Site para excluídos da FPX, essa é que é confusa!
Em Tua HONRA e minha...vá lá...do Curado, do Castanheira e da Luso Xadrez este poema magnífico que não digo de quem é!

"Não pertenço a nenhum grupo.

Gosto de ser livre para matar qualquer um

Se pertencer a um grupo não posso matar os elementos do
grupo.

Isto é das mais elementares regras do bom-senso

Não matar elementos do grupo.

Se isto acontecesse de certeza que me expulsavam

Seria um comportamento inaceitável.

No entanto, uma vez li uma história estranha.

Era um grupo a que só se podia pertencer se se matasse um
elemento desse mesmo grupo.

Por isso mesmo, o grupo mantinha sempre um número cons-
tante de elementos:

Por um que entrava um saía, ou melhor dizendo: um era
morto. Saía morto.

A verdade é que este grupo não teve muito futuro.

Percebe-se porquê, não é?

Quando começaram a morrer por velhice, não havia nin-
guém para entrar em substituição daquele que saía.

Só se Deus aceitasse entrar no grupo.

Mas Ele nunca foi destas coisas.

É demasiado individualista. Como eu."

Sei que chegado ao fim estás a rir a bandeiras desfraldadas, GRANDE AMIGO RUSSO!
Seremos sempre uma Confraria dos AMADORES DO XADREZ ! Sem chapéus, sem sotainas, comendas, prevendas, nada!