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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O "ultimo abraço"...





Ontem quis ir dar-te o "ultimo abraço" mas quando estava para sair de casa o meu filhote agarrou-me pela mão e pediu para brincar com ele ao Xadrez...
 
Já não saí, ficámos a jogar Xadrez o resto da noite tal como tantas vezes o fizemos no antigo café Kabab...
 
Esta manhã a primeira coisa em que pensámos foi em terminar o jogo incompleto de ontem à noite, jogámos apenas um lance pois o resto acabarei contigo "aí em cima"...
 
Um abraço "Nixon"...




por  Pedro Malaca
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1 comentário:

Arlindo Rodrigues Vieira disse...

E que belíssimo abraço, pungente e poético.
O xadrez assim vale a pena. O xadrez, esse jogo " estúpido-ridículo com uns bonecos de plástico ou madeira num quadriculado ( como o definia um Capitão do Regimento de Infantaria de Viseu, onde aquartelei) e que alguns querem à força filosófica comparar à vida, como se isso fosse possível, porque a vida é ela, única, irrepetível e o xadrez um jogo, um simples jogo, nada mais ( vida há uma, xadrez há muitos, parodiando o Vasco), todavia nos intervalos, nos interstícios de respiração deste jogo e fora do individualismo feroz que lhe subjaz, podem-se cimentar amizades, humedecer olhos, deixar saldos ajustados de ternura, e isso sim , vale a pena.O resto, o resto é competição, vontade de ganhar no tabuleiro de jogo o que se vai perdendo no da vida e isso nem um fratal dessa mesma vida vivida, sentida respirada vale.
Não os conhecia, mas o Rafael e o Ricardo, não deveriam ter sido grandes jogadores de Xadrez, porque certamente desperdiçaram o talento na vida por vivida.
Belíssimas palavras aqui e num outro post atrás (talvez das mais bonitas que li sobre alguém ligado ao xadrez) e não podendo sentir o que o pessoal da Casa sente, como vos compreendo. Também não é impunemente que vocês são a Casa, a Habitação, o Acolhimento do xadrez, muito para além do xadrez.

Já agora...para mim, acreditem vocês foram os Campeões da 1º Divisão
( Aquilo era produto ( de certa forma foleiro) de importação a mais para produto de qualidade e categoria regional e nacional!) e nem preciso de vos explicar porquê! Se calhar o vosso lugar não é mesmo aí, sabe-se lá!? A Casa se calhar não pertence a uma certa sazonalidade xadrezística entre o parolo e o caganeiro que gasta forte e feio e que não traz nada de nada de novo ao xadrez Português e que não ficara na memória e muito pouco na história.